domingo, 11 de dezembro de 2016

Dança dos Famosos




Uma das atrações mais interessantes da TV aberta recentemente é o quadro Dança dos Famosos do Domingão do Faustão. As duplas estão evoluindo a cada temporada, mas para quem ama dança o quadro é um espetáculo a parte!

A Dança dos Famosos concluiu a 13ª edição, sendo que a maioria das vitórias foi feminina, embora nos últimos anos a evolução dos homens deu gosto de ver.





Tomo como exemplo a excelente participação de Felipe Simas, dançando absurdamente bem, na final com o gracioso Rainer Cadete e a bela Sophia Abrahão.








Minha torcida era pela Sophia mas percebi que ela estava confiante demais e acabou perdendo um pouco a concentração necessária. Felipe, por sua vez, com seu sangue frio peculiar deu um show sem que ninguém desconfiasse seu estado de espírito real. Mereceu a vitória!






Campeões da Dança dos Famosos:

2005 Karina Bacchi

2006 Juliana Didone

2006 Robson Caetano

2007 Rodrigo Hilbert

2008 Christiane Torloni

2009 Paolla Oliveira

2010 Fernanda Souza

2011 Miguel Roncato

2012 Rodrigo Simas

2013 Carol Castro

2014 Marcello Melo Jr.

2015 Viviane Araújo

2016 Felipe Simas



sábado, 10 de dezembro de 2016

Welcome to the Jungle


Muitas vezes vivemos num clima a lá Guns N’ Roses em Welcome to the Jungle, um hino do Rock que se fosse o nosso hino nacional todos saberiam cantar de cor a primeira e segunda parte tamanha familiaridade com a realidade.

Bem-vinda à selva!

Sinta meu chicote

Oh, eu quero te ouvir gritar.

Bem-vinda à selva!

Fica pior a cada dia

Você aprende a viver como um animal

Na selva onde jogamos

Se você tem fome pelo que vê

Você consegue eventualmente

Você pode ter o que quiser

Mas é melhor você não tirar de mim 


Ninguém vive deitado eternamente em berço esplêndido, mas muitos dos brasileiros sentem o chicote estralar, não como os escravos sentiam, na pele, mas ainda assim sentem de alguma forma. Os Titãs fez algo parecido compondo “Homem Primata, capitalismo selvagem; Eu não trabalhava, eu não sabia, o homem criava e também destruia”.

Essas duas canções foram gritos de protesto, gritos bem antigos que se aplicam ainda a diversos cenários bem atuais. O problema é que o termo “Bem-vindo à selva não” é mais usado ironicamente, é uma política de adesão ao sistema, qualquer questionamento sobre o andamento das coisas alguém te lembra de que nas letrinhas do rodapé de algum contrato que assinamos devia ter a música do Guns e não foi lido: Bem-vinda à selva! Sinta meu chicote!

Adapte-se ou morra porque não vai mudar, não querem mudar, não sentem a necessidade de mudar. Simples assim. Só tem um porém: o homem não é um primata selvagem. O ambiente animal é o que é por causa dos instintos de sobrevivência somados a irracionalidade dos animais.

O homem que neutraliza seu raciocínio lógico, inteligência, sensibilidade, compaixão e diversas outras habilidades que só o homem que tem espírito, alma e corpo possui, acaba reduzido à um bicho da pior espécie ou ao mais singelo asno. E canta na maior inocência "bem-vinda a selva" orgulhoso de se comportar feito um primata.


sábado, 3 de dezembro de 2016

Somos todos Chape





Vivenciamos no final de 2016 o trágico acidente envolvendo o avião da empresa colombiana Lamia que levava o time catarinense da Chapecoense para disputar a final do campeonato sul-americano em Medellín, na Colômbia.

Um episódio de uma tristeza enorme, com 71 vítimas fatais e 6 sobreviventes, mas que mostrou incrivelmente como o ser humano é capaz de ser bom, de se comover e compadecer pelo próximo. Coisas que infelizmente na maioria das vezes vemos em situações extremas como essas, mesmo quando não aparece na mídia, sabemos que acontecem.

Neste lamentável capítulo da Chapecoense, nunca o grito “Somos todos Chape” fez tanto sentido. Páginas do Facebook do Corinthians pintadas de verde, Palmeiras que derrotou a Chape no domingo anterior a tragédia, jogou com a camisa da Chapecoense, vários outros times nacionais e internacionais colocaram o logo da Chape nos seus uniformes. Artistas do mundo todo prestaram homenagens às vítimas e a mais espetacular foi a da própria Colômbia no estádio de Medellín no dia que seria a final histórica do campeonato para o time, prestou uma linda homenagem organizada a toque de caixa e com uma beleza e delicadeza ímpar.

Não dá para não se emocionar vendo o fim de uma equipe que estava se destacando num cenário tão triste para o futebol. A alegria nacional do povo brasileiro está tão desacreditada, nos estádios costumamos ver tantas animosidades, torcidas guerreando entre si, violência, corrupção, cartéis, e quando enfim um time humilde descobre que é possível avançar só com o talento, com poucos sócios para enxertar recursos para o time (apenas 9000 sócios), uma equipe cheia de sonhos e conquistando-os, em menos de uma semana de diferença a Chape estava indo jogar uma segunda final de campeonato, esse time inteiro se desfez.

E de repente essas mesmas torcidas rivais se tornam um imenso mar verde, verde Chape, verde São Paulo, verde Grêmio, verde Santos, verde FIFA, verde Conmebol, verde. Vendo a torcida jovem da Chapecoense é de se imaginar que o time logo conseguirá se refazer, e formar uma nova equipe para voltar aos campeonatos, mas a história já é outra. Os sócios do time já aumentaram, já correram tramites para não ocorrer mais rebaixamento da Chape nos próximos anos, o time ganhou visibilidade da mídia e do mundo, e por mais que em breve tenhamos novos jogadores defendendo o distintivo da Chapecoense, nada mais será como antes. E esse brilho, era tanto que quis Deus que eles estivessem todos onde deveriam estar ao lado Dele nos céus. E com certeza os sobreviventes, por terem essa mesma luz, devem ter alguma missão a cumprir aqui ainda, nem que seja mostrar para a posteridade do time qual o verdadeiro valor de ser Chape!