Ela caiu dos meus cabelos na mesa, e ficou abrindo as asas. Asas. Gosto muito da figura. Asas e voar. Sempre que eu ouvia uma música com a frase Fly Away eu já ficava atenta ao resto da canção. Tinha uma lista delas, mas a minha preferida, até hoje inclusive, é a Don’t Stop Dancing da banda Creed que diz: Children don’t stop dancing, believe you can fly away, away. Hoje um conjunto de fatores me fez lembrar dessa música. As asas da Joaninha, a criança (children) e a dança... Não pare de dançar criança, acredite, você pode voar longe!
A TI QUE ME GUARDA
És belo e iluminado qual uma estrela
De luz aquecida que punge minha asa
Tingida de cobre com traços de prata
Que me leva pro alto num rastro de areia
A ti que me guarda, devoto meu sonho
Desejo feliz de quem nasce com asas
Amor piedoso alivie minhas chagas
Mantenho disfarce, mas doem meus enganos
Então me deixa pousar junto ao seu brilho
E embebedar-me com o mel dos seus lábios
Palavras dum santo que veio do espaço
Missão de um senhor pelo mundo esquecido
Canção que me torna um ser novo, alado,
De mim despojando algum medo escondido e
Meus outros reflexos vãos, desconhecidos...
E saio voando em meu mundo inventado!
A menina tímida que eu fui, que morria de medo de apresentar trabalho de grupo na escola, que era tímida ao extremo e sofria bullying. Aquela menininha tem me visitado e eu quero dar voz a ela. A mesma menina que escreveu a poesia acima. E todas que já postei nesse blog. “Vamos resgatar essa menina” diz a voz do meu coração. Resgatar de onde? Onde a deixei? Por que a deixei? O tempo passa, mas nem tudo precisa passar com o tempo.
É Joaninha, valeu por me trazer boas vibrações! A vida é realmente incrível!
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