segunda-feira, 12 de outubro de 2020

5 lições que vivenciei no Parque dos Sonhos



  1. O medo é bom.
  2. Vencer o medo também.
  3. A opinião alheia não nos define.
  4. As obras de Deus são perfeitas
  5. Viver para Cristo é tudo.

O Parque dos Sonhos fica localizado na Serra da Mantiqueira, na cidade de Socorro em São Paulo, divisa com Minas Gerais. É uma fazenda sustentável que recebe visitantes de toda parte. Estive lá numa excursão, no meu último dia de férias. Precisava deixar as baterias recarregadas, e o que mais além da natureza cumpre essa função?

Nesse dia, pude praticar várias lições que aprendi ao longo da vida, outras nos últimos meses, e colocar minha fé a prova. Mesmo que ela já tenha sido colocada a prova muitas vezes. O lugar é enorme, encantador, e com pessoas a serviço muito empáticas. Todo o cenário ao redor é deslumbrante, a começar pelo percurso até chegar lá. Para quem gosta de paisagem, de mato verde, cachoeira, é perfeito.


O medo é bom


Uma das lições mais inteligentes que me passaram foi a ideia de que o medo é bom. O tempo todo nos dizem que o medo é ruim, paralisa, que o medroso é fraco, que bom mesmo é o corajoso, porque ele não sente medo.

Mas o medo protege. Se nunca sentíssemos medo, a raça humana já teria sido extinta, devorada por um predador ou consumida em alguma aventura perigosa. O medo é o alerta de um perigo, de uma situação indesejada.

Não é o medo que é ruim. O problema é não ter sabedoria para reagir a ele. Reagir ou tomar uma atitude. Ruim é não discernir o perigo real de um imaginário. O terror real daquele que está só na nossa cabeça, nos enlouquecendo, nos controlando, nos inibindo, e sugando nossa alegria de viver.

De nada adianta condenar o medo, e alimentar nossa impotência de atuar frente a ele. Como se o medo fosse um bicho papão com o qual ninguém pode lidar a não ser que seja muito rebelde, ou tenha uma coragem sobrenatural.

Vencer o medo também é bom


Qualquer um pode vencer o medo, quando enxergamos a realidade dos fatos. Quando sabemos com o que estamos lidando. Quando estamos conscientes dos riscos de seguir ou entendemos que é melhor ficar.

Essas lições eu pude vivenciar na tirolesa de 1600 metros de altura. Foi uma aventura. Foram três escalas. Existia um risco porque os equipamentos eram manuseados por mãos humanas. Por mais que eu creia que ninguém morre de véspera, e que eu só partiria na minha hora, durante o percurso nas cordas da tirolesa, lembrei de uma passagem bíblica que me fez tomar uma decisão, por melhor que tenha sido a experiência de coragem daquele “voo”.

A passagem:

E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.

Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.

Foi divertido? Foi. Foi bacana vencer o medo? Sim. Faria de novo? Não. Não há propósito em se arriscar tanto. E tudo bem! Não é por falta de coragem, caso contrário não teria conseguido nenhuma vez. É uma questão de fé. Vencer o medo é bom, mas se colocar em risco para desafiar o medo pode ser apenas uma questão do ego, e não ter nada a ver com o nosso propósito de vida.

A opinião alheia não nos define


Em determinado momento, na cachoeira, apesar de já estar com roupa de banho mais recatada como de costume, um maiô, fui desafiada a fotografar sem a saia que estava usando junto com a peça de banho. Relutei dois minutos, depois aderi ao desafio.

Foi importante. O que mais me deixou contente naqueles momentos, foi estar ali para impulsionar a coragem da amiga que estava lá comigo. Para ela aquilo tinha um valor ainda maior. De repente, não importava tanto assim estar de maiô tomando banho de cachoeira por alguns minutos.

A opinião alheia em relação ao corpo um pouco fora de forma, a pele muito clara sem efeito do sol, não definia quem eu era. Mas entendi que não precisava provar nada para ninguém, nem me mostrando, nem me escondendo. Cedi a sugestão em solidariedade, e não perdi nada com o ato.

As obras de Deus são perfeitas


Aquele beleza toda regalou o espírito de Deus em mim. Senti toda aquela imensidão, que jamais seria obra de um acaso, e não pude deixar de ficar conectada a maior parte do tempo ao Criador, ao Seu Filho Jesus, Salvador.

Já começou no caminho, quando a guia da excursão nos presenteou com a mensagem “se estamos aqui é porque recebemos fôlego de vida, então sorria”. E era a mais pura verdade. Todos ali eramos sobreviventes, não só dos efeitos de uma “pandemia de Covid-19”, como de uma pandemia de medo, pânico, terrorismo, controle social, ansiedade, depressão e uma série de consequências que o isolamento social provoca.

Apesar disso Deus continuava brilhando, e se mostrando em suas obras fascinantes. A natureza é uma das criações que mais me reconectam a minha espiritualidade, junto com os estudos bíblicos.

Viver para Cristo é tudo


Com a fé fortalecida, sendo cristã (e não religiosa, ou evangélica, ou qualquer nome popular que tira o sentido real do que quero dizer) não chegaria em outra conclusão além do fato de que todas as minhas escolhas devem ser para Cristo e por Cristo.

Pode parecer que tirei um pouco o valor das minhas “conquistas”, seja a tirolesa, seja vencer a inibição de me expor de maiô. Porém, não é isso. É que o cristão não é do mundo, e por mais deslumbrados que a gente fique com as obras criadas, não é incrível que tenhamos bênçãos muito melhores nos céus?

É sempre bom manter os pés no chão e o coração nos céus!

Falando em pé…


Fiquei me questionando porque machuquei meu pé esquerdo naquele dia. A PNL, diz que o pé representa a certeza de onde pisamos. Ferimentos neles indicam que não estamos certos dos rumos que seguimos. E é verdade. 

Hoje ao descrever certos acontecimentos, percebi que estava muito sugestionável, e meu inconsciente mandou um recado: “cuidado onde pisa! Não seja imatura se deixando controlar pelas opiniões e vontades dos outros. Caminhe no seu tempo.”

Vivendo e aprendendo! 

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