quinta-feira, 29 de julho de 2010

Poesia



NOITE




Cai o véu negro sobre as ruas

E faíscam luminárias,

No céu brilham as estrelas

Refletidas faróis d’água



A senhora na janela

Anciã de tantos netos

A uma estrela nunca aponta:

Dá verruga nos dedos...



O mar lento e paciente

Espera a lua, sua adorada,

E contempla-a tão ditoso,

Como pudesse alcançá-la!



O véu negro embala as almas

Num eterno brilho de ode,

Na ciranda de mãos dadas,

Nos rumores duma noite!






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