“Alguma coisa acontece no meu coração” quando me lembro de algumas destas canções, do conteúdo delas, digno de nota nos livros de aprendizagem nas escolas, no ensino fundamental e médio.
Nostalgia nada à parte, mas as músicas refletiam pensamentos de um contexto histórico e cultural criativo, era necessário driblar a censura, passar a mensagem se livrando de possíveis represálias, posterior à censura, ficou a criatividade exercitada dos artistas.
O tempo deles passou, suas obras ficaram. E as novas gerações, enfim, não somos menos criativos, o que mudou no contexto atual é que hoje se joga para a plateia, o objetivo da música popular (e não da MPB) é vender e vender. Para tanto não precisa de conteúdo na música, hoje se vende muito mais a embalagem dos artistas, do que propriamente sua arte.
Basta pensar na imagem dos cantores citados nos livros comparada as beldades que fazem sucesso hoje. No Sertanejo tínhamos Tonico e Tinoco, Chitãozinho e Xororó, Roberta Miranda; no Samba Martinho da Vila e Zeca Pagodinho. E hoje? Sem comentários...
Hoje o mundo musical é meio farmácia, temos Leonardo, Zezé di Camargo e seus genéricos; Ivete Sangalo e seus genéricos; no exterior temos os pobres genéricos do Michael Jackson. O alvo dos holofotes é isso que vemos, mas ainda existe muita coisa boa e original por aí, mas não é assistindo TV e ouvindo Rádios populares que vamos encontrar. Salvo raras exceções.
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