terça-feira, 20 de outubro de 2020

20 de Outubro: Dia do Poeta



Hoje é dia do Poeta. Na semana em que conclui o registro autoral das minhas obras que reúno desde os 13 anos. Lapidei-as por várias vezes, outras não passaram de rascunhos, e algumas nasceram tão encantadoras que nunca pude mudar uma linha… mesmo quando eu as lia, me perguntava como pude escrevê-las com tamanha sensibilidade!

Será que mais alguém poderá perceber os efeitos que elas provocam? Fico pensando naqueles afetos que me inspiraram, capazes de se reconhecer em cada verso dedicado. Amores não vividos não foram menos amados, foram caminhos que se desencontraram numa bifurcação à frente.

Amor se transforma. É a certeza que guardo nessa vida. Se transforma em amizade, em versos, histórias, saudades. Quanto mais versos dedicados, maior era a medida do afeto. Claro que nem todos estão com a dedicatória explícita, amores não correspondidos serão sempre secretos, quem precisa saber?

Por mais triste que pareça, eles renderam-me belos versos, epifanias de sonhos, e uma riqueza de imaginação. E deixaram, claro, um terreno fértil preparado para aquele amor que será vivido de verdade, com todos os regalos digno de um poema de amor. Nem Camões pode descrever as bem aventuranças que me esperam!

Em breve trarei a público minhas poesias. Não tem mistério, quem gosta de música, gosta de poemas. São irmãs. Pode-se parecer que não tem intimidade com o estilo, mas basta ler uma vez mais, com os olhos da alma, aí fica fácil ouvir o coração do poeta. Até quem tem preguiça de ler consegue apreciar poemas. Eles são curtos, cabem no ritmo da respiração.

Poetisa, rosa, cheia de espinhos, botão em flor, perfumado. Que ressurge em cada primavera, apesar das estações em que esteve murcha e sedenta. Quem poderá apreciar sua beleza? aprender a lidar com seus espinhos? E vê-la enfim desabrochar?


Parabéns a todos os poetas!

Rosa-Dos-Ventos


Navega íntimos mares o tempo
Por caminhos que não se conhece
É guiado por rosas-de-vento
Por memórias que o tempo não esquece

Um momento vivido sem força
Que do peito breve desfalece,
Equilibra o tempo em sua balança
E até chamas antigas aquece;

Ilumina fagulhas que o vento
Arrastava despercebido
Uma vez acesas cá por dentro
Quando tinha o peito distraído;

Mas o tempo a sua hora se mostra
E desnuda-nos: - luz do destino -
Ondas que da praia não transborda
Mergulhando em paixões sem sentido

Faz da vida que era só lembrança
E um momento fugaz na memória
Ser um conto de fada às avessas,
Sentimentos repletos de glória!


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