Minha mãe é a caçula de oito filhos. Ela, por sua vez, teve quatro filhos. Suas duas filhas mulheres não tem nenhum.
Essa é a realidade de muitas mulheres da minha geração, muitas por escolha, outras por força das “circunstâncias”, como é o meu caso. Entre aspas, porque não deixa de ser resultado de uma escolha. Eu escolhi esperar e me casar antes. O casamento que ainda não veio…
No post anterior, 10 Famosas que Venceram o Câncer de Mama – O que elas têm em comum?, ao pesquisar a vida das famosas, não pude deixar de refletir sobre o papel da maternidade, e como a escolha por adiar, rejeitar a gravidez, ou mesmo ignorar a natureza maternal da mulher, traz algumas consequências.
Gravidez e Amamentação
De acordo com pesquisas da World Cancer Research Fund International, a gravidez ajuda na prevenção do câncer de mama porque interrompe os ciclos menstruais e reduz a exposição ao hormônio estrogênio, um dos fatores de risco de criação de células cancerígenas.
A amamentação do bebê, por sua vez, provoca a esfoliação do tecido mamário, eliminando possíveis células doentes. Amamentar também reduz a concentração de estrogênio em circulação no organismo (Lactation and the risk of cancer).
Outras pesquisas afirmam que a gravidez quando ocorre por volta dos 22 aos 24 anos também tem potencial de prevenção. Intervalos com menos de 5 anos entre uma gravidez e outra também favorece a mulher.
Outras pesquisas afirmam que a gravidez quando ocorre por volta dos 22 aos 24 anos também tem potencial de prevenção. Intervalos com menos de 5 anos entre uma gravidez e outra também favorece a mulher.
Por outro lado, mulheres que tiveram menstruação precoce e gravidez após os 30 anos de idade, ou em intervalos muito grandes, já é considerado de alto risco, pois a mulher já passou por muitas ovulações, e um período extenso de exposição a hormônios dos ciclos menstruais.
Sem contar as mulheres que usam hormônios anticoncepcionais. Oncologistas afirmam que não há estudos conclusivos sobre o efeito nocivo dos anticoncepcionais em relação ao câncer de mama, mas considerando que nossos próprios hormônios naturais são fator de risco, uma dose a mais de hormônios artificialmente injetados, não são lá grandes amigos do organismo.
Sem contar as mulheres que usam hormônios anticoncepcionais. Oncologistas afirmam que não há estudos conclusivos sobre o efeito nocivo dos anticoncepcionais em relação ao câncer de mama, mas considerando que nossos próprios hormônios naturais são fator de risco, uma dose a mais de hormônios artificialmente injetados, não são lá grandes amigos do organismo.
Mudanças de Valores x Grupo de Risco
Muito se fala sobre o sedentarismo, ingestão bebida alcoólica, excesso de peso, herança genética e tabagismo como fator de risco para o câncer. Mas, dá para considerar que outro fator seja a mudança de valores das mulheres.
A maternidade deixou de ser um sonho, uma meta de vida. Deixou de fazer sentido como bênção de uma relação. Dá para deduzir disso que o número menor ou nulo de filhos ajudou no aumento de casos de câncer de mama.
Ainda conheço uma parcela de mulheres que são abertas à vida, mas grande parte está focada em carreira, em causas sociais, e várias outras coisas, e conscientes ou não da suas escolhas, permitiram-se postergar, reduzir o número de filhos ou simplesmente desistir da opção de serem mães.
Apesar dos meus trinta e poucos anos, nunca fui do grupo que prioriza carreira em detrimento de formar uma família. Ao contrário, por mim eu já teria uns 3 filhos! Agora por conta da idade, já faço parte do grupo de risco, mas tenho a vantagem de nunca ter sido exposta a bombas de hormônios anticoncepcionais.
Nunca esteve nos meus planos esperar tanto… porém, é uma questão de fé e princípios. Assim como as mulheres não estão tão comprometidas com formação de família, os homens também estão fascinados com tanta oportunidade. É compreensível. Não vou desviar minha rota por conta disso, porque aí vou provocar outras mágoas em mim que podem gerar outros problemas depois.
Ainda conheço uma parcela de mulheres que são abertas à vida, mas grande parte está focada em carreira, em causas sociais, e várias outras coisas, e conscientes ou não da suas escolhas, permitiram-se postergar, reduzir o número de filhos ou simplesmente desistir da opção de serem mães.
Apesar dos meus trinta e poucos anos, nunca fui do grupo que prioriza carreira em detrimento de formar uma família. Ao contrário, por mim eu já teria uns 3 filhos! Agora por conta da idade, já faço parte do grupo de risco, mas tenho a vantagem de nunca ter sido exposta a bombas de hormônios anticoncepcionais.
Nunca esteve nos meus planos esperar tanto… porém, é uma questão de fé e princípios. Assim como as mulheres não estão tão comprometidas com formação de família, os homens também estão fascinados com tanta oportunidade. É compreensível. Não vou desviar minha rota por conta disso, porque aí vou provocar outras mágoas em mim que podem gerar outros problemas depois.
Coração Leve
Ser do grupo de risco não é uma profecia fatal. É só um risco. Como citei no post anterior, é sempre tempo de olhar para as coisas que acontecem em nossas vidas com outro olhar. Deixar o coração mais leve.
Adiar a maternidade não foi uma distração. Eu não deixei a vida passar sem que eu percebesse, e nem creio que a mulher moderna não precisa ter filhos. Respeito quem pensa assim, mas em definitivo não é meu caso. Não é um destino obrigatório. É só um alerta.
Ainda há muito para confrontar sobre as escolhas e as circunstâncias que me trouxeram até aqui. Tenho que trabalhar o meu ranço dessa modernidade toda. Mas, não sou a única desse lado dos acontecimentos, eu só preciso aparecer mais um pouco para encontrar minha turma.
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