Antes de ler este texto,
sugiro que assista ao trecho do filme Tempos Modernos – com Charles Chaplin,
para entender o conceito da esteira, para depois entender o que realmente
significa GESTÃO DE PESSOAS.
Agora vejam este organograma.
É provável que localize seu cargo dentro dele.
É provável que localize seu cargo dentro dele.
Psicólogo, Sociólogo,
Analista de cargos, Analista de Treinamento, Médicos, Enfermeiros,
Administrador de Pessoal, etc.
Agora responda:
Quem está no topo?
Quem proclamou esse
“absurdo” foi Idalberto Chiavenato, em 2004. Fui em busca de uma fonte
importante para fundamentar este post. Na verdade a base hierárquica também já
está tão fora de moda quanto o termo Recursos Humanos nos últimos 10 anos. No
entanto algumas empresas ainda acham válido usar calças boca de sino, e cabelo
Chitãozinho e Xororó. Ou melhor, as PESSOAS nas empresas preferem assim. Sim,
porque as empresas por si não fazem nada, a cultura organizacional é feita de
pessoas, e nesses últimos anos um termo mágico chamado competitividade fez os gestores das empresas passarem a enxergar os
funcionários como capital intelectual.
Bonito não?
A globalização exigiu que
as empresas ultrapassassem as teorias precursoras da Administração, como a
teoria científica de Taylor, onde era priorizada a padronização e disposição
dos fatores de produção (tempos e movimentos) em detrimento do que
eventualmente isso pudesse interferir nas condições humanas. Na verdade se você
marca o ponto, cumpre horário, segue metas, aderência, em sua empresa ainda há
o princípio de Taylor, só que foi repaginado, com as lideranças, gestão
participativa, e pela ascensão dos Recursos Humanos que só servia para
administrar salários, admissões e demissões, para a atual Gestão de Pessoas, ou
gestão de Talentos.
As principais mudanças,
segundo o que eu aprendi:
Recrutamento e Seleção: As empresas continuam recrutando externamente
funcionários e selecionando-os. Também há o recrutamento interno, que uma forma
de reter talentos, pois na modernidade os profissionais têm tantas possibilidades,
que nenhum deles permanece por muito tempo na mesma função dentro de uma
empresa, então gerar oportunidades de promoção é estratégico, é Taylor. Temos
que manter a esteira rodando... As organizações lidam também com o conceito de captação de talentos, ou seja, o
marketing cultural da empresa deve cativar futuros candidatos a quererem
trabalhar lá, não por mera necessidade de um emprego, mas por um ideal. Isso
equivale a o que há algum tempo significava querer estudar na USP – era questão
de honra, de status, porque a Universidade possuía reputação.
Cargos e Salários/Benefícios e Qualidade de Vida no
Trabalho: A famosa e única função a
qual as pessoas associam o RH. Desenhar os cargos, perfis, custos. Como salário
virou pouco para manter alguém na esteira, então associaram habilmente os
benefícios, participação nos lucros e resultados, incentivos adicionais e a
gestão de clima, para poder medir os movimentos de insatisfação dos
funcionários quanto às políticas da empresa, e adaptar as condições para um bom
desempenho. As equipes da gestão da qualidade (CIPA – CIPAT) dão uma efetiva segurança
e não podem mais deixar de existir em nenhuma organização que se preze.
Treinamento: Os
treinadores são aqueles que ensinam os funcionários a apertarem os parafusos.
Existem diversas formas de fazê-lo? Depende do parafuso. Brincadeira a parte,
os treinadores são fundamentais para uma empresa, pois o que quer que a empresa
se preste a fazer, esta deve ter profissionais competentes para repassar às
pessoas o que se espera delas. Num treinamento, além de passar informações
técnicas é importante transmitir a cultura da empresa.
Quem já não ouviu a
ideia de “vestir a camisa da empresa”? Nos treinamentos de formação aprendemos
o básico para o exercício das funções, em outros são feitos workshops,
palestras, treinamentos de líderes, reciclagem... tudo isso tendo como objetivo
os interesses da empresa. Isso é errado? Não! Claro que não. Mas racionalizando,
não soa desumano? Pois é, para isso serve a Gestão de Pessoas, para passar
panos quentes na Teoria Clássica Menos tempo/Mais movimentos de Taylor, e dar a
entender que não somos tão sem importância na engrenagem assim.
A Gestão de Pessoas é uma
forma de trazer o lado humano às relações profissionais, pois pensar o tempo
todo nos lucros, nos números, e demonstrar isso é muito chato! Quando as
indústrias deixaram de ter escravos, e as relações de emprego passaram a ser
remuneradas, desde então a mão-de-obra, passada a ser chamada de colaboradores,
exige cada vez mais direitos para se cumprir seu dever. Com toda razão. Estudar a Gestão de Pessoas é compreender
a importância da evolução do Capital Intelectual nas organizações.
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