terça-feira, 24 de junho de 2014

Mulherzinha, eu?


Quando eu era adolescente lembro-me de na escola ter protagonizado uma cena patética, não me lembro do contexto completo, mas se não me engano estava num canto da sala com algumas colegas e um garoto me provocou de uma forma que eu não gostei, aí eu resolvi tomar minhas providências e fui correndo atrás para bater nele, até que Catapluft! Caí feito fruta madura no chão! Não satisfeita, levantei-me toda parruda e continuei a perseguição e adivinha? Caí de novo! E a sala toda ficou a gargalhadas, e eu morrendo de vergonha. O tiro saiu pela culatra.

Os homens de até a penúltima geração foram criados por mulheres que se subestimavam, elas próprias dizem mulher no volante, perigo constante. Grande coisa! Se as mulheres realmente não dominam a direção como os homens, o que eu não sei, desconheço qualquer tratado científico que prove essa teoria, em compensação carregamos uma família nas costas com maestria e sorriso no rosto.

Mas os homens se acham por cima do jabá quando tentam se justificar de algo acusando a mulher de ser mulher. Acredito que a grande maioria das mulheres ouviram coisas do tipo: você é mulher, não vai entender esse assunto! Você é mulher e sempre entende o contrário do que foi dito! Resumindo: Mulher não sabe de nada. Inocentes!

Eles esquecem que quem pariu Mateus que o balançou! Adão foi o único homem na face da terra cuja mãe não pode ser ofendida! Falando em Adão, os homens realmente são melhores para controlar certas coisas, mas o mérito não é deles, eles foram dotados física-psiquicamente para isso de acordo com propósitos que não vem ao caso. E as mulheres igualmente foram criadas como vaso mais frágil, mas há um abismo entre fragilidade e incapacidade.

Não sou feminista, amo os homens e sei meu lugar, mas dói meu calo quando subestimam minha inteligência! As crianças aprendem questionando, eles realmente não sabem de nada, e começam a discernir questionando, até os Mateus paridos! Eu não sou diferente, até hoje guardo essa característica positiva das crianças. Não sou infantil, pelo menos quando o assunto é trabalho ou estudo, eu questiono coisas como: Por que tem que ser assim? Por que não adianta tentar? Quem disse que não pode? Tudo tem um por que. Porque sim para mim é slogan de comercial de bebida. Na era das teorias sobre liderança e comunicação interpessoal é inadmissível que alguém tenha uma palavra incontestável.

O chato é que culturalmente falando uns e outros em seus discursos dizem que é melhor a pergunta do que a resposta, mas estão acostumados com o velho método militar de manda quem pode e obedece quem tem juízo, aí vem alguns pentelhos questionar a razão das coisas e impactam a zona de conforto de muitos. Se eu não puder mudar a coisa questionada, ao menos eu conhecendo a causa eu posso saber com o que ou quem eu estou lidando. 


Quando alguém me nega uma resposta satisfatória, ou desvia o assunto com argumentos vãos imagino que ela própria não saiba me responder, talvez nunca tenha se questionado... É compreensível. Então, como eu não sou mais criança ou adolescente, eu apenas questiono, não corro atrás mais de uma vez. Uma queda basta para eu aprender a lição.



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