Eu sou feita da terra. Apaixonada!
Fui rosa pura, alegre e florescida
Que adormeceu nos solos da seara.
Meus espinhos de rosa são as feridas
Que cravei nos corações dos amigos
E minha alegria eu enterrei
Nas covas do meu sorriso.
Da rosa ainda me resta...
Que assombro: a pureza!
E alguns traços de jovial beleza.
Cada ciclo que me embala recorda
Deste fértil terreno que é efêmero,
Que um dia irá me deixar
Secar em desespero!
E eu que sou rosa pura, apaixonada,
Dos meus encantos nada saberei,
Terei só lembranças de quem amei
E os olhos rasos d’água.
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