terça-feira, 7 de julho de 2020

Inspiração



Escrever é como um feitiço. Não é simplesmente a união dos elementos que faz algum efeito, é a magia que os envolve. A literatura, por meio de crônicas, contos ou poesias precisam mais do que palavras bem colocadas, coerência; precisam de inspiração.

E o que nos inspira? Ou ainda o que sustenta a inspiração? Porque qualquer assunto pode inspirar, para um compositor ou escritor tudo pode acontecer, inclusive nada. O que ampara a criatividade são as emoções, alegres ou tristes elas dão asas à imaginação.

A tristeza esperançosa, regada com um pouco de amor, de carinho, atenção, pode preencher muitas margens de um papel. Igualmente a alegria, banhada de prazer, afeto, amizade e bom humor, pode produzir muitas coisas belas e frutíferas.

E o que espanta a inspiração? Por mais caros ao nosso coração, o objeto de nosso entusiasmo criador quando personificado em alguém, seja uma amigo, um amor, um filho, um irmão, pode deixar de nos animar. Muitas vezes sem que nada tenham feito para inspirar ou deixar de fazê-lo. É o vai-e-vem da emoção, o sofrimento quem dispersa os bons ventos. Inspiração requer paz de espírito por mais que tudo lá fora seja um caos.

A dor é amiga, o sofrimento não. Deixar doer faz bem. Sofrer não. É opcional, disseram-me, uma vez. Muitas vezes não temos forças ou sabedoria para deixar de optar pelo sofrimento, mas ainda assim é uma opção, que cega os sentidos, cala o inconsciente e sufoca a poesia da vida. Não são as pessoas ou coisas que deixam de nos inspirar, ou perdem valor criativo, existem pessoas que parecem nascidas para nos estimular a amá-las e a criar. São nossas agonias que nos desconectam da magia que faz a composição ganhar asas e voar por aí. É necessário paz. Bandeira branca amor!

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