domingo, 31 de outubro de 2010

Mulher presidente, perigo iminente?

O sexo-frágil

"No século XIX quando iniciou o regime republicano, foi promulgada a 1ª Constituição da República em 1981. O presidente seria eleito por voto direto e universal durante 4 anos. Porém esse voto universal excluía dentre outros as mulheres. Elas não faziam parte do universo, não opinavavam sobre seus destinos, elas possuíam a função única de reprodutoras.Foi assim durante mais de 40 anos, um regime indiferente, onde nem sequer se relacionava o nome de uma mulher a política. Foi Getúlio Vargas quem na Constituição de 1934 instituiu o direito de voto às mulheres.

Depois da conquista do voto elas passaram a almejar mais direitos e passaram a participar mais das campanhas políticas, das greves e manifestações em busca de dignidade; em 1988 conseguiram a licença à maternidade, e hoje mais da metade dos eleitores brasileiros são do sexo feminino, tivemos várias candidatas a cargos políticos eleitas entre elas Marta Suplicy (ex-prefeita de São Paulo) e Benedita da Silva (ex-governadora do Rio de Janeiro).

Hoje as mulheres são as patroas das fábricas onde suas avós e mães pegavam pesado. Elas ocupam grandes cargos, mas ainda são consideradas minorias; são as chamadas minorias majoritárias, subordinadas pelos homens (...) sem contar o preconceito que existe na cabeça das próprias mulheres que se subestimam, mas o que seria dos homens sem as mulheres?"

Essa foi uma redação escolar redigida por mim nos anos de mil novecentos e qualquer coisa. Analisando porém o cenário político atual, sinto a necessidade de rever certos conceitos. Obviamente, a tese da redação é o direito da mulher ao voto e a maiores espaços no processo político. Até aí não tenho o que me contradizer.

Entretanto, esse discurso feminista está totalmente demodé e é um perigo, pois é altamente sedutor! Aliás qualquer discurso que apela à auto estima das classes e raças termina por atrair algumas massas populares que sequer sabem o que é auto estima realmente, mas quando apontados como os possíveis favorecidos por este ou aquele candidato, entregam-lhe seu apoio, sem críticas. Assim acontece com as populações de baixa renda favorecidas pelo assistencialismo, os negros favorecidos pelas cotas, e agora estão apelando para as mulheres!

Como se houvesse diferença entre candidato mau caráter homem ou mulher! (ou bom caráter, tanto faz) Como se houvesse diferença de potencial intelectual ou prático. A principal distinção entre homem e mulher não faz a menor diferença dentro de um processo político... Agora o Brasil já tem rótulos patéticos demais, "sociedade maternalista" ou feminista não precisa somar-se ao seu currículo!



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