Vivendo e aprendendo! Recentemente tive acesso aos “critérios de avaliação” de uma universidade privada relativamente famosa, e fiquei um tanto quanto decepcionada, justamente por se tratar de uma instituição de ensino, as quais eu tenho em alta estima.
A princípio gostaria de colocar aqui os critérios de avaliação da Redação do Enem(Exame Nacional do Ensino Médio) a título de comparação:
1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita;
2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo argumentativo;
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos humanos;
Como é fácil observar, o ministério da educação frisa alguns pontos fundamentais que se espera avaliar numa redação de acordo com o ensino básico a que todos nos submetemos, quiçá os que chegam a concorrer uma vaga no ensino superior.
O meu espanto está em saber que uma docente responsável pela banca examinadora das redações de uma universidade, tem como critério fundamental a religião ou o time dos participantes! Melhor dizendo, eles não admitem fanáticos religiosos que querendo ou não vão transmitir ainda que moderadamente suas crenças no texto, dependendo do tema, ou ainda os fanáticos por agremiações, vulgo time, ou qualquer outro fanatismo.
Aí eu me pergunto, ainda que o texto esteja dentro do padrão Enem de avaliação, o candidato será reprovado caso tenha uma fé abundante? Analisando meus posts anteriores sobre o Pequeno Príncipe, utilizei N passagens bíblicas como argumentação, eu posso ser considerada fanática? Opiniões não são em geral condenadas desde que respeitem a estrutura do texto dissertativo argumentativo. Já o desrespeito aos DIREITOS HUMANOS é sim condenável! Todos temos livre direito a expressão religiosa e/ou dogmática, ainda que alguns possuam por religião o Corinthians ou o Flamengo! – sem preconceitos, citei os dois apenas por terem as torcidas que melhor expressam seu amor e até devoção por seus times.
Fico pensando no esforço em vão dos desavisados deste critério que deram o melhor de si em suas redações e foram reprovados por terem transparecidos demais suas crenças. E aos avisados, poupem seus esforços, podendo pagar a mensalidade - sem atraso - vocês podem até escrever em linguagem de bate-papo sua redação, basta não citar Jesus ou Corinthians, São Paulo então... Nem pensar, pois além de time é santo!
Post Scriptum: Não quero, contudo, desmerecer os candidatos aprovados, desejo que eles possam se dedicar mais aos seus estudos e tirar deles proveito melhor do que a comissão julgadora de docentes que corrigiu suas redações. E sobretudo espero que o ensino seja melhor do que os critérios de avaliação!
Tenho para mim que a maioria das universidades e faculdades privadas tem um pouco de preconceito sim sobre como é dado para nos a informações, elas não querem q venha pessoas que defendam com toda a raça seu time de coração ou sua religião, elas querem pessoas que sejam de “mentes limpas” ou seja pessoas que não estejam presos a nada, para que seja mas fácil de colocar alguma informação digamos que ate mesmo para li padronizar da forma que eles bem querem, é errado uma universidade ou faculdade adotar uma postura deste modo com total certeza mas o que podemos tirar disso, “Deve ser uma ótima Faculdade ou Universidade né” para nem mesmo respeitar a opinião de seus futuros alunos.
ResponderExcluirPelo que vejo a ditadura esta voltando só q agora nas escolas.
Bjuss Camila finalmente opinei em algo, Parabéns ótimo post.
Para faculdades particulares a forma como se chega lá não vem tanto ao caso. O que importa é como os alunos irão se manter nelas $.
ResponderExcluirA meu ver o critério de avaliação nem é tão sério assim. É só uma forma de dizer que ninguém entrou ali sem ter feito nenhum teste.