Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim,
vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
(Modinha para Gabriela - Dorival Caymmi)
Eu não podia deixar de aproveitar esse conceito
apresentado recentemente, que é o Complexo de Gabriela. Eu sempre me incomodei
com essas pessoas que usam desculpas como “eu sou assim” para se furtar de
fazer algo, para permanecer acomodados, sem mudanças.
“Sua opinião não vai mudar a minha”. Simples assim!
Podemos estar certos, errados, ou sem a pretensão de um ou outro, podemos
simplesmente estar jogando uma luz sobre a questão, mas lá vai ela: vou ser sempre assim, Gabriela! Então
tá.
Finalizando minhas divagações sobre o livro O Monge e o Executivo, cito a definição
de insanidade de James C. Hunter: “continuar
a fazer a mesma coisa desejando um resultado diferente”. É verdade que
muitos não querem um resultado diferente, e acham que podem sobreviver com sua
opinião imutável para todo sempre, amém. Mas existem aqueles que até consideram
a hipótese, porém é mais cômodo manter as coisas como estão.
Vejo isto não só em pessoas, mas em
organizações, inclusive a poderosa Rede Globo nestes dias de Jogos Olímpicos.
Uma postura que me pareceu correta por longo período foi o fato da emissora não
sacrificar sua programação sem maiores motivos, mesmo quando transmitia os
jogos, a Rede Globo o fazia nos intervalos dos programas dos grandes ícones.
Com exceção das finais das competições.
Independente dos interesses escusos que possa
haver por trás de toda esta transação, o fato é que a Rede Record que não tem
uma programação lá muito distinta que não possa sacrificar pelos jogos olímpicos,
ganhou essa vantagem na TV aberta para exibição dos jogos deste ano e dos
próximos em 2016, fora as olimpíadas de inverno e outras competições que são
igualmente agradáveis de ver.
Enquanto isso a Rede Globo está com o complexo
de Gabriela, achando suficiente seus quatro canais da TV a cabo (SporTV 1, 2,
3, 4...) que ainda não alcançam a grande massa da população, e ainda levaram o
Galvão Bueno para narrar futebol no SporTv como se ele ainda fosse o melhor
locutor de futebol da televisão. Gabriela...
Esse remake
da Novela Gabriela talvez seja uma mensagem subliminar que a emissora tenha
transmitido inconscientemente. Mesmo as organizações Globo tendo parte dos
direitos de transmissão pelos canais a cabo, isto constrange toda sua
programação aberta como os telejornais e revistas semanais como o Fantástico, que precisam comentar os
resultados das competições sem maiores detalhes, sem a paixão com que faziam
quando detinham todos os direitos. O mais curioso, contudo, é a emissora ter
deixado passar a chance de transmitir os jogos olímpicos que serão sediados no
Brasil!
Pouco me importou, é assim que eu sou,
Gabriela, sempre Gabriela!
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