quinta-feira, 15 de abril de 2010

Carpe Diem



"Carpe Diem quam minimum credula postero." Odes , Horácio (65-8 a.C)

"Aproveite o dia sem confiar no amanhã"

Carpe Diem - esta ideia fascina. É uma referência ao arcadismo de séculos passados, mas ainda assim é uma expressão sublime: Carpe Diem! Sem meu sotaque paulista fica melhor ainda. Atualmente existem ideias genéricas como "Viva o agora" de Ekhart Tole, mas a raiz é a mesma.

Desde que assisti pela primeira vez Sociedade dos Poetas Mortos, dois sentimentos pululam dentro de mim: o prazer (sagrado) da poesia e o gosto pela liberdade. A primeira eu já havia sido gentilmente apresentada pela diretora de uma das escolas onde estudei; fui introduzida a poesia através de Mario Quintana. Quanto a liberdade, ah... a liberdade! Um dia chego lá.

Contudo, uma coisa eu aprendi, enxergar as coisas de outro ponto de vista, sair do lugar comum do pensamento, já é um salto pra liberdade. O filme traz uma série de exemplos que mostram que "tradição, honra, disciplina e excelência" (lema da Welton High School, no filme) geram pessoas hipócritas e medíocres.





E se por um tempo relativamente grande, eu fui tradicional, disciplinada e excelente (sabe aquelas alunas que só tiravam nota 10?), desde então me reservei o direito de mudar meu ponto de vista, subir na mesa como Mr. Keating (Robin Willians) fez para apresentar aos seus alunos o pensamento livre.

Dizem que os grandes sábios da história não foram bons alunos; Einsten por exemplo. Não quero porém, desmerecer os bons alunos, nem afirmar à turma do fundão que seus nomes ficarão marcados na história; toda regra tem excessão. Mas que os C.D.Fs estão com um pé na mediocridade, ah, estão! (Ah, estão - Einsten. Creio que fiz um trocadilho!)

Mas a questão aqui nem é inteligência intelectual, quem assistiu "Gênio Indomável" compreende que nem sempre um aluno-problema tem deficiência intelectual, para não dizer quase nunca tem deficiência. A questão é inteligência emocional, o que na maioria das vezes falta aos "queridinhos dos professores". Aqueles que se esforçam para serem os primeiros porque jamais aguentariam uma crítica. Estes foram treinados sob o julgo da tradição, honra e blá, blá, blá.

Mas há a poesia! Certo dia ela me disse: "Venha até mim e eu a libertarei!' E como Mr. Keating eu não escrevo ou leio poesia porque é bonitinho, escrevo e leio porque sou humana. É uma forma politicamente correta de subir na mesa, não agride ninguém, até porque os medíocres só leem os poetas tradicionais que estão perdidos em museus de literatura. (Louváveis poetas mortos!)




Então aproveito meus dias escrevendo, deixando meu legado, assim fica a prova de que existi pra posteridade.

Post Scriptum:
"A vida existe, e a identidade, essa brincadeira de poder, continua e você pode contribuir com um verso" - Walt Whitman


Qual será o seu verso?


Links relacionados:

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http://privadosempublico.blogspot.com.br/2012/10/geracao-hamburger.html
http://privadosempublico.blogspot.com.br/2012/06/ser-professor_26.html

2 comentários:

  1. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.
    Gálatas 5:13

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