terça-feira, 13 de abril de 2010

Dobrando o Cabo da Boa Esperança



"Oba! Este ano tem Copa do Mundo! "


Parece que eu deveria estar neste clima de "salve à seleção" também. Porém a última Copa frustrou minhas ilusões a esse respeito, não só porque perdemos, ou melhor, a Seleção perdeu. Eu não perdi nada! Mas ficou explícito que o tempo em que se jogavam pela Seleção, pelo Brasil (se é que algum dia houve esse tempo mesmo...) ficou no passado. Agora times is money, game is money, cup is money.

É muita estrela pra pouca constelação! Já dizia Raul. Se bem que eu já deveria ter caído na real antes do último ato, lá por volta de 2002, quando iamos empolgados pra escola após uma vitória do Brasil e um sábio professor nos alertou: "Vocês só se lembram que são brasileiros em tempos de Copa". Na verdade não é bem por aí, ninguém se torna patriota em tempos de Copa, o lance é o futebol, tanto faz se é a seleção, o São Paulo, o "Curíntia" ou o Mengão! A diferença é que pra seleção todas as tribos se unem, todos os rótulos e torcidas possíveis se tornam uma só. Quem diria...

Tudo bem, às vezes varia o esporte, mas a ideia é a mesma. Logo meu professor estava enganado, nem nesses tempos nos lembramos que somos brasileiros, exceto quando necessitamos de chavões como: sou brasileiro e não desisto nunca!



Este ano a Copa é na Africa do Sul, onde se localiza o Cabo da Boa Esperança da foto acima. Realmente este país está mesmo necessitado de uma Copa. Se o evento render para eles o que os jogos Pan-americanos renderam para o Rio de Janeiro, eles estão bem servidos! Os servidores públicos sulafricanos ja estão em greve, insatisfeitos com o evento promovido certamente a revelia da grande massa que trabalha a troco de amendoins. (Gazeta on line)

Do jeito que as coisas vão por lá, estamos mais no clima de "Salvem a seleção!" Sem contar que o Brasil não tem time. Se, repito, Se ganhar certamente não será por mérito... Money baby, money...


Post Scriptum: Até parece que existe algum ser patriota hoje em dia! Quando desavisadamente alguém canta: "Verás que um filho teu não foge à luta/ Nem teme, quem te adora, a própria morte/ Terra adorada..." Canta com a mesma emoção com que cantaria um funk qualquer. Vá lá, que não seja um funk pois a melodia não corresponde, mas Detalhes de Roberto Carlos. Não pela melodia mas pelo título...

Morrer pela pátria também não faz mais a cabeça de ninguém, nem deveria! Morto não se tem mais serventia nenhuma! Quem quiser fazer alguma coisa pelo vizinho que seja, não será morto que o fará.

Pátria amada Brasil...

Um comentário:

  1. A sua verborragia (ou verborrágica) é mesmo impressionante. Eu nunca conseguiria escrever a mesma coisa sem que o texto ficasse completamente sem sentido!
    Parabéns!

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