segunda-feira, 15 de junho de 2020

Seremos Eternos


Tenha um filho. Plante uma árvore. Escreva um livro.

Diz o ditado que todo ser humano devia ter filhos, plantar uma árvore e escrever um livro para deixar de legado ao mundo. É uma filosofia de vida bonita vista daqui debaixo do sol. As três ações para mim significam gerar vida, ou multiplicar vida.

É fato que existem pessoas que fazem o mal com os filhos do ventre, há ervas daninhas e livros inúteis que não trazem nada de bom à quem lê, mas é fato que desde que o homem tomou ciência de que existia o bem e o mal no mundo, nunca foi dito que saberíamos discernir um do outro sem que Deus nos revelasse, pois a natureza humana por si está sempre inclinada ao mal.

Escrever um livro, das três ações, é a única que sempre esteve ardendo em meu coração, e querendo transformar-se e me transformar. Desde muito jovem havia quem me dissesse para publicar um livro. Eu tinha muitas poesias escritas, e muita história por contar. Mas a vida, essa caixa de pandora, me levou aos poucos e sem que eu percebesse para muito longe do meu sonho.

Sem porque, aos poucos a literatura foi perdendo espaço na minha vida, a internet nos enche de informações rápidas e processadas, e acabei envolvida pela pressa cotidiana, pelas web imagens ao passo que uma boa leitura, serena e compassada e todos as personagens que ela me trazia ficou em segundo, terceiro plano, até que eu me esquecesse delas.

Vez ou outra passava por minhas poesias, sorria para as prediletas, mas muitas delas não se correspondiam mais com sua autora. Eram emoções que precisavam de mais que uma leitura rápida para serem compreendidas e reveladas. Foram composições em momentos de extrema ternura e paixão, outras de tristezas, mas envolvidas pela esperança. A velocidade da rotina e o desânimo não me conectavam mais a essas sensações.

Até que um dia, na ânsia de ajudar alguém a se libertar da solidão, gritei por socorro, sem rumo certo, à esmo lancei garrafas ao mar com pedido de ajuda, até que alguém resgatou meu pedido e me estendeu a mão! E sem que eu pudesse entender a razão, aos poucos desacelerei, e voltei a enxergar o que eu não via há muito tempo...

Enquanto não me surge ocasião de gerar um filho ou plantar uma árvore, meu legado já está com meio caminho andado! Poesias eternizam os sentimentos mais sinceros, as belezas mais sutis, os amores mais profundos. Escrever clareia a alma, dá descanso aos pensamentos, alivia o coração. Por transformar meus afetos em versos seremos eternos!


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